Theatro São Pedro mostra ópera Barbeiro de Sevilha para deficientes visuais

O Theatro Pedro mostra a ópera Barbeiro de Sevilha, de Gioachino Rossini. O espetáculo será oferecido a pessoas com deficiência visual, através do recurso de audiodescrição. O espaço disponibiliza 15 pares de ingressos Catraca Livre0. Confira abaixo as datas as apresentações.
Os interessados devem reservar antecipadamente os convites pelo telefone (11) 74201599. A montagem é a sexta produção da Orquestra Jovem Municipal de Guarulhos e conta a história do barbeiro Fígaro, conhecido por fazer de tudo em sua cidade, desde arranjar casamentos a espalhar boatos.
A ação faz parte do projeto Vivo EnCena, que visa a formação de platéia para diferentes modalidades artísticas, como forma de inclusão social e cultural. O programa conta com a expertise da empresa como a única a oferecer a audiodescrição no país.
O recurso é um sistema que narra, via fone de ouvidos, gestos e movimentações não verbalizadas das apresentações, tais como o cenário, a caracterização dos personagens, o figurino e as feições dos solistas. Os audiodescritores são voluntários Vivo, funcionários que doam seu tempo e ajuda para aprender e oferecer a técnica em estruturas culturais como teatros e cinemas.

http://catracalivre.folha.uol.com.br/2009/11/theatro-sao-pedro-mostra-opera-barbeiro-de-sevilha-para-deficientes-visuais/

Programa de computador ajuda tetraplégicos a acessar a internet. Câmera instalada na cabeça move o cursor na tela.
Programa pode ser baixado de graça na web.


http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1392648-6174,00.html

25 DE NOVEMBRO - Pela NÃO violência contra a mulher



“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres...” (Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas, dezembro de 1993).


25 de novembro é o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, reconhecida oficialmente pelas Nações Unidas (ONU) em 1999. A data foi escolhida como uma homenagem às irmãs Mirabal, assassinadas a mando do ditador Trujillo, por terem se rebelado contra o governo na República Dominicana.
Trata-se de umas das principais datas da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que inclui ainda 1º de dezembro (Dia Mundial de Combate à Aids), 6 de dezembro ( Massacre de Mulheres de Montreal) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).
Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”.
Mas, por que ocorre a violência contra a mulher?. A despeito das justificativas pela agressão às mulheres serem por álcool, drogas, doença ou qualquer outro tipo, os movimentos organizados de mulheres e as entidades que atuam em defesa das mulheres consideram que a violência tem como fundo a dominação do homem que se considera dono do corpo e da alma da mulher.
No Brasil, onde os índices de violência contra a mulher continuam elevados, uma série de ações foi tomada nas últimas décadas tanto para coibir esse tipo de violência como para proteger as vítimas. Podem ser citadas, as delegacias da mulher, as casas abrigo, as centrais de atendimento às vítimas de violência, a Lei Maria da Penha e campanhas como Laço Braço e Homens pela não violência.
Entretanto, infelizmente, os dados da violência continuam nos assustando. Em Maringá, dados do Centro de Referência e Atendimento à Mulher Maria Mariá atestam que, em 2008, foram atendidas 1550 casos de violência e destes 16 mulheres foram acolhidas na Casa Abrigo por estarem correndo risco de morte. Os tipos de agressão que se sobressaem são: violência física, moral e psicológica. Um dado que chama a atenção é o percentual de mulheres casadas e em união estável que sofrem violência, com 34,46% e 32,04% do total de ocorrências, respectivamente.
De acordo com o Instituto Patrícia Galvão, “estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente”.
Mesmo com uma lei mais rigorosa e uma estrutura mais ampla de apoio às mulheres, observa-se que as mulheres continuam sofrendo algum tipo de violência, o que dificulta o exercício de seu direito de liberdade e de ser protagonista de sua história.
Além das organizações de mulheres e das entidades governamentais, a sociedade, também, precisa participar e assumir a sua responsabilidade. Precisamos, sim, dar um basta na violência contra a mulher!

* Tania Fatima Calvi Tait - Professora do Departamento de Informática da UEM. Vice-presidente do PT Maringá. Coordenadora da ONG Maria do Ingá – Direitos da Mulher


FALANDO EM FILMES VALE A PENA REGISTRAR ESTE LINK !

http://www.pessoacomdeficiencia.com/filmes_sobre_deficiencia_auditiva.htm

O que significa para nós a perda da querida e amada IONE



Diante de grandes crises é que Deus se revela e nos ensina coisas novas e grandiosas sobre ele mesmo e sobre nós.
Foi assim com Jó que entendeu “O Senhor deu o Senhor tomou, bendito seja o nome do Senhor” 
Ele que teve de passar por crise profunda para que Deus pudesse extrair dele algo ainda melhor: Intimidade.
Para, mesmo sem entender, saber que nenhum dos planos de Deus será frustrado.
E intimidade tão profunda que faz toda grande experiência com Deus se materializar em algo novo e ainda maior.
“Eu te conhecia só de ouvir mas agora meus olhos te vêem."
 Ficamos chocados e tristes é inevitável.
 Mas o que deve permanecer mesmo é a palavra aprendida pelo exemplo.
Fomos discipulados por ela que nos ensinou grandes coisas.( inclusive que nós nos encontraremos!)
 E o nosso coração humano e desesperadamente corrupto por um breve momento faz nos sentir como um time sem craque, uma equipe desfalcada, como Eliseu ao ver Elias indo embora olhamos para o céu e exclamamos Meu pai, meu pai!
 E pensamos...Que falta fará!...Que responsabilidade pra nós...
 Mas o nosso Deus nunca deixa equipes desfalcadas e como fez com Eliseu a unção foi repassada, como Jesus fez com os discípulos o Espírito foi derramado e não só para eles mas também para nós. E é o próprio Espírito quem dará o consolo e renovo.
 Ele nos capacitará com a mesma unção de amor, atenção, alegria, visão positiva da vida e circunstâncias, garra, intercessão, força, sensibilidade, carinho, desejo de agradar a Deus e levar todos os outros dons.
Uma pequena notável, guerreira de voz doce que pela sua história nos marcou com amor.
 Ela semeou... E semeou muito.... em vários corações e a semente plantada continuará dando frutos que só na eternidade saberemos .
 Que o chamado de Ione para ser SERVA DO DEUS VIVO , seja repassado a nós em porção dobrada  em cada semente plantada , em cada coração e que ouviu  viu da palavra através dela e que o fruto permaneça e multiplique como herança para Glória de Deus.
 Estamos distante e a muito não nos encontramos, mas podem ter certeza que estamos unidos no mesmo sentimento, pois é o amor que nos une .
Texto escrito pela nossa amiga querida Theoma (que saudade de vc !)
http://www.youtube.com/watch?v=hMCOxfaBuSg


Meu compromisso com a vida !


Para refazer meu compromisso com a vida, desisto de tentar levar a ferro e a fogo qualquer coisa.
Erros me fizeram bem. Boas ações me arruinaram. Amigos me entristeceram. Desconhecidos me acolheram.
Quando planejei, empaquei.
Por outro lado, inesperadamente a vida deu certo sem planejamento. Sofri também com pecados. Paguei um alto preço por ser indolente.
Mas, incrível, quando deixei para o dia seguinte o que deveria fazer hoje, foi bom.
Para refazer meu compromisso com a vida, largo na beira da calçada as metas-narrativas.
 Desconfio dos projetos globais. Incoerência entre discurso e prática me desesperam. A incapacidade de vertebrar o que acredito de coração me enoja.
Criei cismas.
Rio por dentro; é meu jeito de sobreviver aos ufanismos que tanto me irritavam no passado.
Sei que preciso aniquilar os fantasmas que me deixaram com a sensação de ser um deus.
Para refazer meu compromisso com a vida, quero ser leve como a pluma que escapou da asa do cisne, denso como o ruço que cobre a madrugada, escuro como a noite tropical sem lua, e transparente como o mar do Mediterrâneo.
Hei de aprender a não discursar. Almejo ser mais enfático mas só em ternura; mais brando em afirmações. Pretendo rearrumar minha oratória. Quero voltar a olhar para o nada, como as crianças; a entrecortar frases com longas pausas, como os monges; a ritualizar os instantes, como os namorados.
Para refazer meu compromisso com a vida, espero envelhecer sem casmurrice.
 Acolher as doidices dos jovens, lembrando de como as minhas faziam sentido.
Quero me desfazer do 100% racional. Quero crer no impossível e visualizar o milagre !
Para brindar a vida, quero crer na recuperação das pessoas, e saber que eu posso com amor, paciência, compromisso... recuperá-la ! Pois tbém acho que isso não acontece só pelo querer, tem pessoas que não tem da onde tirar, e nem como sonhar e muito menos como criar !
Celebrar cada manhã como uma ressurreição. Aguardar o pôr-do-sol como uma grávida anseia pelo primeiro choro do filho. Plácido como um lago entre duas montanhas, espero encarar a morte. E que não reste nenhuma nesga de frustração em minha alma. E que eu descanse no sábado final com um sorriso maroto, sorriso de quem foi embora dizendo: valeu viver.

Não é legal, isso é um presente ! Alguém que coloca no papel tanta coisa que a gente não consegue dizer, mas que a gente sonha e acredita !

http://www.goear.com/listen/9ab15f6/im-yours-jason-mraz 
(e prá terminar essa musiquinha gostosa !)

Inteligências Múltiplas


A idéia de que existem várias aptidões além do raciocínio lógico-matemático, apresentada pelo psicólogo, causou grande impacto nos meios pedagógicos
http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/cientista-inteligencias-multiplas-423312.shtml

Uma boa história para se pensar !!
http://www.unichem.com.br/video2.php?id_video=16

O Pequeno Príncipe


O pequeno príncipe é uma obra aparentemente simples, mas, apenas aparentemente. É profunda e contém todo o pensamento e a "filosofia" de Saint-Exupéry. Apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geômetra, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O pequeno príncipe vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranqüilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida.
É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam à solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias, nos tornamos adultos de forma definitiva e esquecemos a criança que fomos.
O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry
O Pequeno Príncipe foi escrito e ilustrado por Antoine de Saint-Exupéry um ano antes de sua morte, em 1944. Piloto de avião durante a Segunda Grande Guerra, o autor se fez o narrador da história, que começa com uma aventura vivida no deserto depois de uma pane no meio do Saara. Certa manhã, é acordado pelo Pequeno Príncipe, que lhe pede: "Desenha-me um carneiro"? É aí que começa o relato das fantasias de uma criança como as outras, que questiona as coisas mais simples da vida com pureza e ingenuidade. O principezinho havia deixado seu pequeno planeta, onde vivia apenas com uma rosa vaidosa e orgulhosa. Em suas andanças pela Galáxia, conheceu uma série de personagens inusitados – talvez não tão inusitados para as crianças!
Um rei pensava que todos eram seus súditos, apesar de não haver ninguém por perto. Um homem de negócios se dizia muito sério e ocupado, mas não tinha tempo para sonhar. Um bêbado bebia para esquecer a vergonha que sentia por beber. Um geógrafo se dizia sábio mas não sabia nada da geografia do seu próprio país. Assim, cada personagem mostra o quanto as “pessoas grandes” se preocupam com coisas inúteis e não dão valor ao que merece. Isso tudo pode ser traduzido por uma frase da raposa, personagem que ensina ao menino de cabelos dourados o segredo do amor: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.
Antoine de Saint-Exupéry via os adultos como pessoas incapazes de entender o sentido da vida, pois haviam deixado de ser a criança que um dia foram. Entendia que é difícil para os adultos (os quais considerava seres estranhos) compreender toda a sabedoria de uma criança.


Desta fábula foram feitos filmes, desenhos animados, além de adaptações. Muitos adultos até hoje se emocionam ao lembrar do livro. Talvez porque tenham se tornado “gente grande” sem esquecer de que um dia foram crianças.

http://www.mayrink.g12.br/pp/Cap01.htm










Acreditar no lado bom das pessoas !


Esse comentário foi feito por um colega de adolescência Miguel Lahoud (atualmente ele trabalha na Sansung em Campinas, e é meu conterrâneo).
Reescrevo o trecho, pois o considero um pessoa bem sucedida e inteligente, e confio no seu feedback !
Sempre criticamos e "metemos a boca" no governo, mas o Miguel salientou as coisas boas do nosso governo LULA.
Não seria mais produtivo nos posicionarmos assim perante a vida ?
E assim quando temos o direito de exercer a democracia, no dia da votação, aí sim ! Fazermos jus as nossas escolhas, e podemos então influenciar os que estão ao redor com as nossos posicionamentos !
Não é melhor do que ficar reclamando, "metendo a boca" e "caindo de pau" ! De praxe fazemos isso sempre.
Achei interessante que ele fala de algumas coisas do LULA.
C O M P A R T I L H O !!!

Aproveitando ou não a tal BASE feita pelo FHC ... a história hoje do Brasil é simples, nunca na historia deste país se obteve avanço social e estabilidade econômica que vivemos hoje, o Brasil nunca foi visto pelo mundo como está sendo visto agora. Neste ultimo mês, bancos americanos falindo, e o Brasil navega tranqüilo, por muito menos a alguns anos atrás crises na China e na Rússia tiraram grosso filões de dinheiro da classe media brasileira para e tiram ate hoje via alíquota de 27,5% de IR. (era 25% antes da crise da china). 

O mercado de tecnologia é uma das áreas onde contou a diferença do governo LULA  ... a aproximação com China, paises asiáticos e emergentes colocou o Brasil num patamar do comércio internacional diferenciado e muito mais diversificado, reduzindo nossa dependência da Europa e EUA. 
A adoção do sistema japonês em HDTV (decisão política para fugir do atrelamento com Europa e EUA), o incentivo ao software livre/aberto, o combate ao contrabando e comércio ilegal de bens de informática no país .. .através de isenções e encetemos fiscais, a nova lei de PPB e inovação tecnológica atrelada a incentivos fiscais trouxe para o Brasil a conceito de PRODUÇÃO de tecnologia na indústria e não nas pesquisas etéreas e artigos infindos gerados nas universidades Brasileiras, sem efeito industrial algum. 
LULA nesta área criou um fantasma .. que já é sentido em algumas áreas e será o problema a ser resolvido pelo próximo presidente ... o APAGÃO de mão de obra qualificada ... (até 2010 isso deve ser matéria diária em noticiários ..) hoje na área de tecnologia e sistemas de informação já existem mais vagas disponíveis do que profissionais qualificados para exercê-las ... estamos acordando para as faculdades tecnológicas e cursos técnicos de formação secundária em ciências exatas ... conseqüência da política assertiva deste governo !!
Na área de tecnologia, LULA inovou e criou ... hilário dizer que ... um presidente sem diploma tenha acertado tanto numa área onde as pessoas começam a ser reconhecidas depois do Pós-Doutorado !!

Arrogantes e hipócritas os que cobram diploma universitário do único presidente Brasileiro que se encobre sob um manto de populismo simplório e se mostra um articulador político e diplomata nunca antes visto na historia brasileira. ("Não faço conceito de valor, não questiono se isto é bom ou mal ... mas é o que a realidade nos mostra"). 
Num país em que se faz curso de direito em fins de semana ou pelo correio, para advogar em portas de cadeia e terem o privilégio legal de não serem presos com ladrões de galinha famintos ...  

                          Miguel







Sou tímida e espalhafatosa. 
Hoje me comunico melhor, foi o tempinho que passei com os cariocas,  que me instigou mais a isso, às vezes falo com as mãos... e isso vem lá das italianadas...rs.
Estou começando a usar óculos, nossa tenho feito um esforço danado para ler umas letrinhas...aff !!
O amores da minha vida até a eternidade veio para meu colo, sim, na maternidade. Hum.... privilegiada mesmo ! Foi de uma vez só !
Por eles procuro ser e fazer o melhor, e saber que tenho a "responsa" de formar dois homens por aqui !
Espero oferecer ao mundo um pouco mais de paciência e ter mente quieta, espinha ereta e coração tranqüilo, mas sei que não é tão simples quanto se faz parecer.
Não sou boazinha (no, i´m no good !! rsrs), mas busco ser gentil com todo mundo e amorosa com os meus.
Sim, afinal ninguém tem culpa se sinto-me "avechada", não é mesmo ?
Mas procuro na medida que percebo, separar bem as estações ...
Evito qualquer relação com pessoas de temperamento sórdido e não desejo mal a quase ninguém.
Tenho amigos de fé, irmãos camaradas; gosto de fazer amigos e de rir: acho melhor ser alegre do que ser triste.
Não resisto a um barulhinho bom, qualquer que seja... Às vezes it´s only rock´n roll, but i like it!
... E penso que tudo vale a pena, quando a alma não é pequena...

Hoje conheci o pessoal responsável pelo site www.blindtube.com.br, fundamental para os deficientes visuais que gostam de cinema.
O texto abaixo foi retirado do site:
“Ligue a televisão. Escolha um filme ou episódio de novela. Feche os olhos. Tente acompanhar a história, a dramaticidade do enredo. Depois de alguns instantes, você vai notar: quando os atores estão falando, é possível imaginar a cena que não se pode ver. Mas é só aparecer um silêncio, um instante em que a atriz esteja apenas olhando pela janela, para que o quadro criado na sua mente seja interrompido. A experiência, que depois de você abrir os olhos provavelmente estará terminada, não é momentânea para 1,2 milhões de pessoas cegas em todo o país. O número de deficientes visuais - quem tem uma acuidade visual menor, mas não necessariamente não enxerga - chega a 4 milhões. Os dados são de um estudo divulgado pelo Centro Brasileiro de Oftamologia.


Agora, entre no site www.blindtube.com. É só clicar em algum dos filmes disponibilizados na página. Como aprendizado, assista ao vídeo de olhos cerrados. Além do áudio dos atores, a descrição das cenas também está presente. Mesmo sem o som da conversa, dá para saber o que acontece e, aí sim, apreender o contexto da história. O nome desse recurso é áudio-descrição. Para os deficientes visuais, a concretização da imagem. No teatro, funciona como as rubricas do roteiro, que informam quem entra em cena, a ação do artista. ”
Entre no site, confira e acredite que é possível melhorar a qualidade de vida dos ditos deficientes.

Engenharia social compreende a inaptidão dos indivíduos manterem-se atualizados com diversas questões pertinentes a tecnologia da informação, além de não estarem conscientes do valor da informação que eles possuem e, portanto, não terem preocupação em proteger essa informação conscientemente. É importante salientar que, a engenharia social é aplicada em diversos setores da segurança da informação independente de sistemas computacionais, software e ou plataforma utilizada, o elemento mais vulnerável de qualquer sistema de segurança da informação é o ser humano, o qual possui traços comportamentais e psicológicos que o torna suscetível a ataques de engenharia social.
A engenharia social não é exclusivamente utilizada em informática, a engenharia social é uma ferramenta onde exploram-se falhas humanas em organizações físicas ou jurídicas onde operadores do sistema de segurança da informação possuem poder de decisão parcial ou total ao sistema de segurança da informação seja ele físico ou virtual, porém devemos considerar que as informações pessoais, não documentadas, conhecimentos, saber, não são informações físicas ou virtuais, elas fazem parte de um sistema em que possuem características comportamentais e psicológicas na qual a engenharia social passa a ser auxiliada por outras técnicas como: leitura fria, linguagem corporal, leitura quente, termos usados no auxílio da engenharia social para obter informações que não são físicas ou virtuais mas sim comportamentais e psicológicas.


A engenharia social é praticada em diversas profissões beneficamente ou não, visando proteger um sistema da segurança da informação ou atacar um sistema da segurança da informação.

Vídeo sobre Hackers Criminosos e Anjos

Ao procurar por um novo ponto de vista, examine com atenção o monte de lixo físico e psicológico rotulado de “desvantagens” , lá pode haver um tesouro enterrado.
A mais importante etapa a cumprir é desafiar os que nos ensinaram a ver como desvantagem e não aceitar um julgamento medíocre da maioria que faz as regras.
Toda desvantagem é um recurso favorável disfarçado !
A maioria das pessoas não sabem que podem estar perdendo de encontrar uma rara pedra preciosa.





Na vida nada se perde, tudo o que você tem que fazer a saber transformar os acontecimentos do dia-a-dia – mesmo os momentos de melancolia – em oportunidades fantásticas....


Li no livro A arte de Sun Tzu para mulheres que diz “os que não estão dispostos a morrer, tornam-se alvos fáceis. Não querendo trair a honra leva o seu exército à ruína” ; sempre que se adota uma posição extrema, ainda que positiva, como a tentativa de constante otimismo , você pode trazer à tona o próprio descontentamento.


Ainda no mesmo livro, Valentino, o famoso estilista italiano, disse certa vez: “Se você tem boa atitude, tem estilo”!
O estilo está para as pessoas assim como a embalagem para o produto – a sua substância é o seu produto. Nessa revolução que o mundo passa, com tantas quebras de paradigmas em todos os âmbitos acontecendo ter estilo é fundamental ! E isso não significa seguir tendências de moda e tendências a esmo.

Visto que essa metodologia já entrou no dia a dia das empresas, e este não pode ser baixado na Internet ou tirado de dentro de uma caixinha. E tampouco resolve magicamente atrasos na entrega de projetos de tecnologia. Mas pode, sim, dar vida nova ao ciclo de desenvolvimento de software das empresas e tornar as equipes mais eficientes. Baseado em uma reorganização dos métodos de trabalho, o framework é antes de qualquer coisa, uma mudança cultural dentro das equipes. No lugar da relação hierárquica vertical, entra a parceria entre times de profissionais com especialidades complementares e chefes que têm a obrigação de se comunicar de forma padronizada. Em vez de formalidade na documentação de projetos, há reuniões diárias e rápidas. E mais, importante, o acúmulo de tarefas e dos atraso na entrega dos projetos dá lugar a uma cultura de ciclos curtos de desenvolvimento que aperfeiçoam um produto mais funcional.
Esses profissionais foram envolvidos diretamente na Gerência de Tecnologia, na Gerência de Operações Virtuais, e no acompanhamento da equipe de desenvolvimento.
Eles foram moldando um novo corpo para a gerência desse projeto.
Além das equipes de programadores, chamadas de times, outros dois papéis são atribuídos aos profissionais: O Scrum Master e o Owner. O primeiro é o chefe-servil, que tem como principal função remover obstáculos que podem atrapalhar o trabalho de sua equipe. É preciso acessar dados de outro departamento ? O Scrum Master tem que correr atrás da autorização, e assim por diante. O Product Owner, ou P.O. descreve meticulosamente a funções que espera ver implementadas e define as prioridades de cada uma delas.
Os períodos vem em forma de listas em que são colocadas as chamadas “histórias de usuário” para cada função. São duas ou três linhas bem resumidas com o que se espera de determinado recurso do site ou do software. É a partir desses dados que são feitos os backloags dos produtos, com a documentação sobre o que deve ser feito, o que já foi e o que fica para depois.



Reunião sem cadeira
Com essa estrutura, o trabalho começa a ser executado de forma modular. Planejamento, execução e revisão de feitos diariamente por meio de reuniões rápidas de 15 minutos que definem quais tarefas serão desenvolvidas no dia. Para garantir a rapidez, os encontros são feitos com os membros do time em pé. Sem espaço para enrolação.

No Scrum, cada profissional desempenha um papel, não é preso a um cargo. Aquele esteriótipo do programador introspectivo não se encaixa mais nesse cenário. È preciso ter liderança, ser multifuncional e assumir compromisso com a equipe. Dessa forma, as reuniões (também chamadas de cerimônias) servem como um preciso termômetro para o desempenho das equipes envolvidas e definem com precisão os prazos para a entrega de cada etapa de um projeto. Nessas reuniões não há uma hierarquia fixa definida. Nos manuais de boas práticas do Scrum existe até a figura nada elogiosa do “Gorila da sala”, usada para descrever o membro que não deixa que os outros membros falem.

Tarefas do Sprint
Cada conjunto de tarefas é colocado dentro de um sprint, ou seja, um período predeterminado, que varia entre três e trinta dias, em que é preciso chegar a resultado. Geralmente cada sprint tem 15 dias e, durante esse tempo, são implementadas funcionalidades ao produto – como um novo menu de categorias para um site ou uma nova função para o buscador.

Outra técnica interessante é a medição de dificuldade de cada tarefa, que pode ser feita de maneira lúdica, usando fichas de pocker. O membro do time que realiza a parte mais penosa do trabalho, por exemplo, ganha pontos e pode medir mais prazo do que outro que realiza uma tarefa relativamente mais simples. O acompanhamento diário evita atrasos e dá noção real do tempo e da força de trabalho necessária para realizar cada projeto. Assim, os times são autorregulados e podem mudar a direção do trabalho rapidamente, algo bastante exigido no desenvolvimento de produtos e serviços baseados em Web.

Com o Scrum os líderes de cada equipe definem estratégias e trocam informações sobre seus projetos, evitando tarefas redundantes ou desperdício da força de trabalho. Outra prática comum é restringir times de desenvolvimento em, no máximo, 12 profissionais.

Dentro desse cenário, não bastam apenas profissionais certificados, é preciso comprometimento e de uma revisão dos processos para que a cultura antiga da empresa não contamine as práticas do Scrum.

O Scrum Master é um grande conhecedor de processos, ele precisa de liderança e boa comunicação. São habilidades mais ligadas às ciências humanas do que às exatas.

http://info.abril.com.br/noticias/carreira/pronto-para-o-scrum-15092009-14.shl?2

Não resisti !! Peguei a prancha e vou surfar por essa onda !!

Sexta passada, fomos em um baile de confraternização
dos 100 anos da UTFPR.
Clicks nos rostinhos sorridentes, para registrar o brilho nos olhos...

 Estava bom bom !
Nossa e como nós dançamos....
Eita !! Turminha animada.
Valeu a diversão !



http://www.cp.utfpr.edu.br/add/JornalSETEMBRO.pdf

Semana de Capacitação Pedagógica - Inclusão Social
Eu e o aluno Luis Gustavo contamos sobre o trabalho feito durante o semestre na Disciplina de Análise de Projeto

Notícia UOL

UOL Notícias17/09/2009 - 07h00http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/09/17/ult5772u5339.jhtm

"Os amigos não me deixaram desistir", afirma primeiro juiz cego do país.
Rosanne D'Agostino UOL Notícias

Das fileiras da escola de direito do Largo São Francisco, em SãoPaulo, ao cargo de desembargador recém nomeado no TRT (TribunalRegional do Trabalho) da 9ª Região, Paraná ...


Livro: A doçura do mundo


Um livro sobre a diferença de culturas e a aproximação das pessoas que, apesar de criadas de maneiras diferentes, com religiões diferentes não deixam de ser parecidas, já que sao apenas seres humanos. Esse é o enredo de A doçura do mundo, publicado pela Editora Fronteira e campeão de vendas .
Tehmina Sethna perdeu o marido e resolve aceitar o convite do filho Sorab e se mudar da Índia para Ohio, nos Estados Unidos. Sorab já tem uma vida bem estabelecida nos EUA e é casado com Susan, com quem tem um filho: Cavas.
Tehmina sente saudades de casa e não consegue compreender o jeito americano de ser. Fica indecisa toda vez que sente saudade do seu Rustom. Para esquecer das tristezas, ela decide ajudar dois garotos vizinhos que sofrem maus tratos da mãe.
O livro pode conter fragmentos da biografia da autora, uma indiana que mora nos EUA desde os 21 anos. Atualmente mora em Cleveland, Ohio… Ela ganhou o prêmio Nieman Fellowship da Harvard University e é PhD em inglês. É jornalista e escreve para alguns jornais dentre eles o Washington Post. Também leciona Redação Criativa e Literatura na Case Western Reserve University.
Editora: Nova Fronteira
ISBN: 9788520920527
Número de páginas: 304

No início do século XXI, tem se intensificado a discussão sobre a interveniência das ações humanas sobre a sociedade, no meio ambiente e as conseqüências advindas, destas ações, na consciência individual e coletiva e de que forma estas conseqüências têm afetado o convívio humano.

O surgimento de novas técnicas e tecnologias vêm transferidos para as máquinas fragmentos de inteligência humana, dotando-as de certa autonomia.
Atualmente em uma velocidade incrível as inteligências artificiais transformam dados em informações organizadas, sistematizadas e estas em lucros e estes em capitais transnacionais. Desse modo, uma rede inteligente de máquinas, manipulam e movimentam a vida do homem, muitas das vezes, nem é percebida esta interveniência. A cada segundo está sendo gerado e processado um conjunto novo de informações que irão influenciar e definir o comportamento humano, de forma individual e coletiva, como por exemplo: de que forma o individuo irá se vestir, o que irá comer, ler, e até de que forma o mesmo irá se relaciona socialmente.Conforme DUPAS, estamos vivendo numa Sociedade de Informação.
“Essa transferência de capacidades humanas para uso atemporal de informação embutida em memória de máquinas deu origem ao que se denomina, nos últimos anos, de Sociedade de Informação, isto é, ao redimensionamento dos domínios de trabalho e renda com o afastamento progressivo do homem de um espaço formal de trabalho.” (DUPAS, 2001,p.4).
A sociedade de informação vem propiciando ao homem uma melhor qualidade de vida, longevidade, maior intercâmbio sócio-cultural entre os povos, assim como, o desenvolvimento econômico de algumas sociedades, entretanto, o outro lado desta moeda é a crescente consolidação do desemprego, exclusão digital, exclusão social, pauperização, subemprego, concentração de renda, fragilização dos sistemas econômicos dos países, perda do poder aquisitivo dos salários, que por sua vez, gera insatisfação, uma vez que, as pessoas não têm condições de satisfazerem os seus desejos de consumo que na maioria das vezes são estimulados pela propaganda (Informação). Este lado da tecnologia da informação deve ser motivo de uma discussão ampla, sem paixões, sem mitos, ou preconceitos.
O conceito atual de modernidade tem desviado a atenção da sociedade no sentido de medir e avaliar os aspectos benefícios e maléficos desse processo na qual a humanidade avança. O certo é que a tecnologia da informação acumula saber (produção científica e tecnológica), de outro lado, propicia a capacidade de produzir bens e serviços crescente e permanentemente, mais e melhor; também é certo que esta mesma tecnologia da informação, por outro lado, leva a processos de exclusões. Torna-se, cada vez mais visível que o antigo argumento a favor da tecnologia de informação não é, mas totalmente cabível, ou seja, que a mesma propiciaria o crescimento do bem estar e o acesso “por todos os indivíduos do mundo de renda justa”.
OPEN traça um cenário em que companhias, governos e indivíduos terão dificuldades em um ambiente cada vez mais complexo.
Nos próximos 20 anos, companhias, governo e indivíduos enfrentarão crescentes dificuldades em um ambiente igualmente complexo...Nós teremos, também, um enorme potencial positivo, incluindo tecnologia, melhorias nas comunicações, disponibilidade de capital e um aumento fenomenal na quantidade e disponibilidade de informação...”“. (Open, Horizons. 1999, apud Marchiori).
A afirmativa do OPEN, de uma certa forma, definiu um cenário positivo para os próximos anos, ainda que não haja garantias de uma estrutura de acesso dito “global” de produtos e serviços de informação, a todos os indivíduos do mundo, considerando-se o contexto de desigualdades tão marcantes, como por exemplo, no Brasil. O mais provável é a formação de “ilhas de excelência” que ofertarão (na verdade já oferecem) conectividade, qualidade nos conteúdos criados, atendendo a um público cada vez mais diferenciado e heterogêneo.
A crescente quantidade e qualidade de informações, sobretudo, informatizadas e disponíveis na Internet, provocarão uma profunda revisão e determinação de novas competências: profissionais, organizacionais e/ou individuais. Teremos sociedades voltadas para o aprendizado e para informação; outras privadas do acesso à tecnologia da informação e aquelas sociedades que flutuarão entre um cenário e outro (as ditas sociedades emergentes). Frente a esta modernidade surgem alguns aspectos que merecem ser motivo de análise, conforme elenco a professora Patrícia Zeni Marchiori:
· "que o potencial tecnológico sustentará o amplo acesso à informação, assim como possibilitará a convergência de diferentes tipos de informação (textual, sonoro, gráfico, visual, etc) em entidades (ou objetos) de informação, os quais podem ser compostos e disponibilizados de acordo com a necessidade particular de um indivíduo ou grupo”; a intenção de que a disponibilidade de informação e possivelmente de conhecimento possa fortalecer a democracia e a sociedade;
A percepção de que as áreas e os setores econômicos se tornarão dependentes de uma força de trabalho que tenha acesso e possa compartilhar informação; o reconhecimento de que a informação, para ser acessível, deve ser organizada e gerenciada; o reconhecimento de que as habilidades de criação buscam análise e interpretações de informação são essenciais para indivíduos e grupos; a percepção de que as necessidades de informação se tornam cada vez mais complexas e dependentes de diferentes e múltiplas fontes – cuja correta avaliação e qualidade é fator crucial para o processo de tomada de decisão.
Que o crescente desenvolvimento e substituição de tecnologias desafiam tanto as habilidades dos leigos como dos profissionais da informação, em termos de seu entendimento, domínio e gerenciamento efetivo; o conhecimento de que o setor de informação é uma parte substancial da economia dos países". (Marchiori, 2002, p.72)”.
Os aspectos, supracitados, desenham uma agenda positiva da nova sociedade, entretanto, eles também podem reforçam a tese de que as tecnologias de informação, potencialmente, poderá no futuro breve, intensificar de forma negativa a distinção entre indivíduos, grupos, estados e nações, traçando uma linha nítida de separação, redefinindo o mapa político e econômico do planeta, ou contrariar esta probabilidade, ou seja, o poder da tecnologia da informação poderá manter ou até fortalecer o poder dos Estados dominantes (atualmente detentores das tecnologias de informação) sobre os demais países, frustrando, a médio e longo prazo, qualquer tentativa de se ouvir o “Grito do Ipiranga”, destes países ditos emergentes.
No meio desta revolução da informação, surge a discussão do que é ético, ou antiético, sobretudo, em relação a quem detêm o poder de determina ações que influenciam a vida de pessoas, grupos e organizações.
É importante compreender as dimensões éticas que envolvem o uso da informação, como, por exemplo, deve o chefe monitorar eletronicamente as atividades dos seus coordenados? Deve-se, deixar funcionários utilizarem a estrutura da informática da empresa para atividades particulares? Deve-se, copiar softwares, sem autorização, instalando-os, em computadores particulares, ou mesmo, nas organizações públicas ou privadas? Deve-se, acessar eletronicamente os registros de pessoal ou os arquivos das estações de trabalho de seus funcionários? Deve-se, vender ou permitir o acesso de pessoas estranhas a informações de clientes disponíveis em bancos de dados. Deve um país definir o valor da moeda corrente de um outro, apenas apertando o botão de OK. Deve um país determina o que será vendido, comprado e consumido por outros países. Deve uma cultura exterminar outra somente porque esta última não está conectada na rede mundial de computadores, ou não é uma consumidora dos produtos produzidos pelas grandes potencias econômicas. Devem um povo impedir outros de desenvolverem sua própria tecnologia limpa porque estes últimos poderão, um dia, serem possíveis concorrentes? É correto uma sociedade, dita civilizada, rotular como bárbaras outras sociedades porque estas não usam a tecnologia da informação, porque temam em continuarem se conectando as suas raízes, seus valores seculares, ou sua identidade.Estes são alguns exemplos de decisões que podem ser tomadas e que possuem uma dimensão ética controvertida, assim como, podem ter conseqüências que afetam o convívio humano, tanto na consciência individual como na coletiva.
A Sociedade da Informação tem redimensionado os domínios do trabalho, da renda, do desenvolvimento social e os mecanismos de sustentabilidade das sociedades locais e transnacionais com o afastamento progressivo do homem de seu espaço formal de trabalho. Está ocorrendo um desmonte de estado moderno que foi criado com a finalidade de regular a existência em sociedade, ou seja, com o objetivo de reduzir as disparidades econômicas e de poder, em benefício dos indivíduos, dos grupos, sem o consentimento, ainda que formal, de todos.
Ontem o poder econômico procurava extrair todas as energias da força de trabalho do homem, em troca o indivíduo recebia um salário que “garantia” a reposição de suas energias. Atualmente, com o processo de intensificação de técnicas e tecnologias computadorizadas, o homem deixa de ter importância com força produtiva, (força de trabalho). Outro aspecto desta nova modernização é a falta de preocupação com a preservação do meio-ambiente, conforme explicita DUPAS:
"Esta Sociedade de Informação – predominantemente moldada pelos padrões culturais e vivenciais norte-americanos, provocadores de destruição acelerada do meio-ambiente pelo excesso de consumo e liderada pelos projetos econômicos dos Estados Unidos” (Dupas, 2001. p.134).
Neste modelo, segundo DUPAS, não há lugar para todos, uma vez que, está centrado na apropriação individual da riqueza alcançável. Ora, se não é necessário à participação efetiva de força de trabalho humano, na geração de riqueza, por que o sistema deve se preocupar com o bem-estar deste mesmo homem? Esta postura nega a ética de cooperação e de partilha, torna-se perversa ao dar prevalência ao ter, ainda mais, ao colocar a ciência e a tecnologia a seu serviço buscando extrair delas o máximo de eficácia no que podem oferecer para as apropriações materiais, individuais.
Merecem uma reflexão alguns males, visíveis e mensuráveis, como por exemplo, o que vêm sendo produzido no universo educacional, no mundo do trabalho pela progressiva simplificação, por um lado, e por outro, a intensificação da complexibilidade, de outro lado, de métodos e técnicas aplicadas aos possessos produtivos, gerando fenômenos como a explosão de informalidade no trabalho (trabalhador sem nenhuma garantia previdência, estabilidade), super concentração de empresas nos setores de tecnologias e comunicação de informação, concentração do poder político e econômico em poucos grupos controladores que gerenciam os fluxos de informações nas redes globais de capital (na sua maioria grupos Norte-Americanos).
Como devemos nos relacionar com este novo mundo? Como fica o espírito humanístico moderno, a responsabilidade moral e política do homem em relação ao próprio homem, do forte em relação ao fraco? A resposta a estas e outras questões passam por uma profunda reflexão, frente às novas dimensões das tecnologias, sobre o papel do homem, do Estado e Cultura, tanto nos aspectos individuais como coletivo. À medida que a humanidade refletir e amadurecer estas questões éticas, no aspecto macro, conseqüentemente novas responsabilidades éticas, ao nível de indivíduo, grupos, organização, países e nações irão se solidificando, assim como a responsabilidade ética dos profissionais que operam com tecnologia de informação, nas organizações em que trabalham, responsabilidade para com sua própria profissão, em relação à sociedade, e consigo próprios, adotando padrões de conduta ética com competência confidencialidade, integridade, objetividade, transparência; o mesmo se espera das organizações, uma vez que, a sociedade, ao receber as informações divulgadas, espera que elas estejam dentro dos padrões éticos e que as organizações assumam, no cumprimento de suas missões e na lógica da maximização dos lucros, uma postura responsável em suas ações.
A sociedade do futuro está sendo gerada, a partir destes cenários criados pela tecnologia da Informação que produzir efeitos benéficos, como também efeitos negativos, haverá, ou não, a garantia da sustentabilidade digna dos seres humanos? A resposta a este e outros questionamentos passam, necessariamente, pela dimensão ética que a humanidade irá eleger, provavelmente o caminho será de induzir uma reforma intelectual e moral que legitime as direções do progresso, ou quem sabe, reabilitar o principio platônico da responsabilidade, seja como for, pela moral, pela responsabilidade ou prudência, é preciso buscar condições para uma nova hegemonia mundial e que as mudanças construam a um mundo melhor; onde o homem seja respeito em sua individualidade, como parte de grupos, formal e não formal, com sua herança cultural e social; onde o emprego, ou outros mecanismos de sustento dignos possa garantir o bem estar; onde o acesso e uso de informação não estejam restritos a poucos, mais que sejam de todos; onde a informação não separe identidades sociais e culturais, mais que seja ferramenta de aproximação, respeito e valorização; onde a tecnologia de informação propicie uma melhor distribuição das riquezas geradas pela mesma, onde o homem seja livre para escolher em que sociedade deseja viver, se na da informação, ou na dos valores culturais, e que lhe seja garantido o trafego de uma para outra, sem nenhuma forma de preconceito; onde a sociedade da informação respeite os limites e amplitude das sociedades tradicionais; onde o computador não seja elemento mais importante do que o patrimônio natural, o histórico, o cultural e o social, que ele seja apenas uma ferramenta que propicie o bem estar do cidadão; que a Sociedade de Informação preserve os patrimônios culturais e o meio-ambiente.
A problemática do fogo ético na sociedade da informação mostra e reforça a necessidade de uma nova consciência dos indivíduos diante de sua relação com o mundo e com todos os demais indivíduos para conter os excessos do poder econômico que domina o mundo. O grande problema é como a humanidade irá fazer isso, quando a própria educação das novas gerações que deveria construir a consciência critica ou é reduzida ou é orientada para formar, reproduzir a dependência e apatia, entretanto, não se apagou, definitivamente, a chama da esperança de que haja, verdadeiramente, a globalização dos benefícios das técnicas e tecnologias modernas e a minimização das misérias nos mais variados aspectos.


É natural do ser humano desenvolver argumentos para justificar sua existência.
Seus custos.
Suas festas.
Seus prêmios.
Uma vez me falaram que se simplificássemos ao máximo nosso mercado sobrariam poucas vagas, pois nosso trabalho por si só é o fim de um longo caminho que começou lá atrás quando alguém resolveu empreender e lançar um produto.
Esperando um retorno.
Ou seja, é uma aposta, um risco.
E nosso mercado apostou em outras variáveis que não somente a remuneração pelo trabalho desenvolvido, ao vender uma coisa e querer cobrar / ganhar em outra.
E isso todo mundo sabe que não dá certo.
Agora, com os questionamentos, a crise, fica mais díficil [ou a sensibilidade diminui] justificar o vazio, do fazer por fazer.
Mas tem muita gente que consegue mostrar o valor [não o preço] do seu trabalho e a vida segue.

Um impulso largado num largo pulso. E eu vivo tentando me convencer de que é melhor parar com essa coisa de ser gente superlativa e adotar uma postura mais blasé diante da vida. Eu me digo "agora já deu, daqui pra frente vai ser tudo diferente". E, cinco minutos depois, eu desisto da minha própria desistência. Porque eu estou para racionalizar e fracionar as emoções assim como a vida está para ser previsível: são coisas inversamente proporcionais, absolutamente incompatíveis. Eu gosto da trabalheira que dá esse vrummm no peito, causa e efeito do meu coração acelerado ad infinitum. Entende?
Eu não tenho opção, foi a intensidade quem me escolheu. Há uma alma rebelde a contenções morando dentro de mim, e eu não mando nela.

Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se !


Gabriel Garcia Marquez

Em meio a uma greve sem sentido nem fim, a USP desperdiça tempo precioso que poderia dedicar a compreender melhor o que diz um novo ranking sobre a produção acadêmica mundial – e a da própria USP. Foram contabilizados, por área de conhecimento, o número de citações aos artigos científicos publicados por pesquisadores em milhares de universidades no mundo, incluindo as brasileiras. As informações coletadas se referem ao período de 2003 a 2007 e se originam do banco de dados Scopus, que cataloga tudo o que saiu em mais de 16 000 periódicos, entre os mais respeitados no mundo da ciência. As citações na qual o ranking se baseia importam na medida em que ajudam a aferir a relevância dos trabalhos acadêmicos.
O Brasil, mais uma vez, amarga um resultado ruim. A primeira instituição brasileira a aparecer na lista é a Universidade Federal de Pelotas, na 699ª colocação. Apesar de estar na rabeira, é a única no país a se situar ligeiramente acima da média mundial no quesito citações a artigos publicados. Depois vem a federal de Santa Maria seguida da do Rio Grande do Sul. Com as três gaúchas no pódio, onde está USP? Em quarto entre as brasileiras e no 877º lugar no ranking mundial. Vexame que passou em branco. Eis um assunto que, esse sim, merece a atenção de alunos e professores. Não a greve.
Veja (18/06/2009)

Há quanto tempo você não vê um álbum de fotos de papel?
É... fotos impressas, do tempo em que ainda não havia câmera digital?

Outro dia eu tava procurando um documento em casa e achei, sem querer, uma caixa cheia de fotos de papel.
Estranho, né?
Hoje a gente tem a chance de planejar a foto.
Depois da câmera digital, todo mundo sai bem na foto. Saiu ruim? Apaga.
Os olhos ficaram vermelhos? Faz outra.
O beicinho ficou esquisito? hummm, tira de novo?
Aí eu fiquei pensando como era diferente quando a gente não podia decidir se ficava ou não ficava bem na foto. A gente levava o rolo pra revelar e aí... a surpresa!
Tudo ficava mais divertido. os flagrantes eram reais.
A tecnologia embelezou as nossas lembranças. Retocou as nossas imperfeições. não é mesmo?
As fotos, hoje, são guardadas em arquivos virtuais...
As caixas e os álbuns desapareceram. Doido isso, né?
Aí eu peguei uma das fotos e me vi, na juventude (kkk), rindo com amigos. Eu na aula de balé, uma que estou brincando de roda com a minha amiga que é amiga até hj ! "ah, fotograficamente legaus !"
O cabelo tava despenteado, a roupa amassada, a meia furada... mas o meu sorriso tava ali... Autêntico e intacto.
Por alguns segundos imaginei se eu não deveria ter dado uma ajeitada no cabelo, mudado de roupa, escolhido um fundo melhor para aquela foto...
Depois eu pensei: Caramba!
Se eu tivesse planejado qualquer pose pra aquele momento, eu teria perdido o melhor daquela lembrança: O meu riso, flagrado na hora da alegria, sem retoques, sem truques.
Mas vocês não acham que a vida é meio parecida com foto de papel?
Porque os momentos são únicos. Não têm volta. O que foi torto, ficou torto. O que foi ruim, ficou ruim... E o que foi bonito... Ficou bonito pra sempre.
Tem coisa que não dá pra mudar, mesmo. Sendo assim, eu acho que é melhor a gente estar sempre de bem com a vida.
Porque quando o riso sair na foto, com certeza, vai guardar pra sempre um momento bom...
Sem arrependimentos... Sem nenhum remendo...

"Oh, Lord, won't you buy me a Mercedes Benz ? My friends all drive Porsches, I must make amends" (...) Janis Joplin gravou essa música em 1970.
Nos últimos 37 anos, o número de súplicas estapafúrdias segue aumentando e quase ninguém mais lembra de agradecer o mistério da existência, o poder transformador dos afetos, a liberdade de escolha, o contato com o que ainda nos resta de natureza, o encanto dos encontros, a poesia que há numa vida serena, a alma nossa de cada dia, essas coisas que parecem tão obsoletas, e pelo visto são."
(Martha Medeiros)

Morena Marina, você se pintou (Ruth de Aquino)
25-Ago-2009
Marina, você faça tudo, mas faça o favor. Não mude o discurso da ética, que é só seu. Marina, você já é respeitada com o que Deus lhe deu. O povo se aborreceu, se zangou, e cansou de falar. Lula e Dilma estão de mal com você e não vão perdoar. Mas o eleitor não poderia arranjar outra igual para embaralhar o jogo sonolento da sucessão em 2010. Ao menos num dos turnos, vamos discutir princípios e fins. E principalmente os meios.
Nem em suas orações diárias Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima sonharia provocar tanto medo antes mesmo de decidir trocar o PT pelo PV. Nascida no Acre, filha de seringueiros migrantes cearenses, analfabeta até os 16 anos, aprendeu a ler quando trabalhava como empregada doméstica. A mãe tinha morrido. Pelo Mobral, fez em quatro anos o primeiro e o segundo graus. Contraiu cinco malárias, duas hepatites. Formou-se em história. Queria ser freira, mas virou marxista. Hoje é evangélica. Tem quatro filhos. Foi a mais jovem senadora do Brasil, aos 35 anos.
Lula a nomeou ministra do Meio Ambiente. Cinco anos depois, saiu derrotada e desgastada. Ao pedir demissão, citou a Bíblia: “É melhor um filho vivo no colo de outro”. O filho era a política ambiental. Ela tinha brigado com outra mãe cheia de energia, a do PAC.
Católicos como Frei Betto e Leonardo Boff receberam telefonemas de Marina na semana passada. Ela falou de desenvolvimento sustentável, de vida, de humanidade, da terra.
O mais forte cabo eleitoral de Marina, neste agosto, se chama José Sarney - e tudo o que ele representa. O país ficou desgostoso com o presidente do Senado, suas mentiras inflamadas na tribuna, seu sorriso bonzinho de avô da República - e com o apoio incondicional de Lula ao maranhense. O nome Marina, sussurrado, ganhou a força da natureza no olho do furacão em Brasília.
O ex-ministro José Dirceu escreveu que o mandato da senadora “pertence ao PT”. Marina disse que já enfrentou madeireiros, fazendeiros, cangaceiros: “Com certeza o Zé (Dirceu) não fez isso para me intimidar; não faz parte do caráter dele”.
O outro forte cabo eleitoral de Marina é a ministra Dilma Rousseff, pela falta de carisma. Marina não ameaçaria tanto se a ministra do crescimento tivesse conquistado o país ou ao menos seu próprio partido. Não se nega o valor pessoal de Dilma, mas seu nome foi imposto. Lula botou na cabeça que vai eleger seu poste. “Da campanha da Dilma cuido eu”, teria dito a um cacique do PT paulista.
Faça tudo, mas faça um favor: não mude o discurso ético. Você já é respeitada com o que Deus lhe deu.
As baratas todas voaram. Quem tem amigos como o deputado federal Ciro Gomes não precisa de inimigos. Lula chegou a apostar nele para o governo em São Paulo. Mas Ciro quer outros voos: foi o primeiro a dizer que Marina “implode a candidatura de Dilma”... “uma persona política em formação”...“que foi obrigada a defender Sarney”.
Dilma pediu a Marina que ficasse. “Estou triste. Preferia que ela continuasse no PT porque é uma grande lutadora.” Vocês acreditam? A ministra já esqueceu as rixas com a ambientalista que botava areia nas hidrelétricas? Depois, Dilma mudou o tom: “Eu sempre acho que quanto mais mulher melhor”. É mesmo?
Dilma é vista como “a mulher do Lula” - a massa ainda não conseguiu decorar seu nome. Lula ergueu a mão da mãe do PAC nos palanques país afora e disse que o Brasil está preparado para “uma mulher na Presidência”.
Lula só não esperava que uma sombra austera de saias emergisse da floresta. Com seu fundamentalismo, a fé, as convicções, a integridade, a coerência em 30 anos de PT. Sem dedo em riste. É muita ironia. E na mesma semana em que Lula dá uma rádio para o filho de Renan Calheiros, outro senador que “obra e anda” para a opinião pública.
O maior trunfo de Marina não é ser mulher nem petista de raiz ou defensora do verde. Ninguém supõe hoje que ela possa ser eleita presidente sozinha, contra as duas máquinas. Mas sua biografia e as frases recheadas de atitude - “perco o pescoço mas não o juízo” - entusiasmam os desiludidos.
Marina Silva obriga tanto Dilma quanto o tucano José Serra a se perguntar: como combater quem fala, baixo mas firme, a sua própria verdade?

* Chefia a sucursal de ‘Época’ no Rio (Artigo publicado originalmente na revista Época)
http://www.pagina20.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8609&Itemid=35



Maria Alice abandonou o livro onde seus dedos longos liam uma história de amor. Em seu pequeno mundo de volumes, de cheiros, de sons, todas aquelas palavras eram a perpétua renovação dos mistérios em cujo seio sua imaginação se perdia. Esboçou um sorriso... Sabia estar só na casa que conhecia tão bem, em seus mínimos detalhes, casa grande de vários quartos e salas onde se movia livremente, as mãos olhando por ela, o passo calmo, firme e silencioso, casa cheia de ecos de um mundo não seu, mundo em que a imagem e a cor pareciam a nota mais viva das outras vidas de ilimitados horizontes. Como seria cor e o que seria? Conhecia todas pelos nomes, dava com elas a cada passo nos seus livros, soavam aos seus ouvidos a todo momento, verdadeira constante de todas as palestras. Era, com certeza, a nota marcante de todas as coisas para aqueles cujos olhos viam, aqueles olhos que tantas vezes palpara com inveja calada e que se fechavam, quando os tocava, sensíveis como pássaros assustados, palpitantes de vida, sob seus dedos trêmulos, que diziam ser claros.Que seria o claro, afinal? Algo que aprendera, de há muito, ser igual ao branco. Branco, o mesmo que alvo, característica de todos os seus, marca dos amigos da casa, de todos os amigos, algo que os distinguia dos humildes serviçais da copa e da cozinha, às vezes das entregas do armazém. Conhecia o negro pela voz, o branco pela maneira de agir ou falar. Seria uma condição social? Seguramente. Nos primeiros tempos, perguntava. É preto? Ë branco? Raramente se enganava agora.Já sabia... Nas pessoas, sabia... Às vezes, pelo olfato, outras, pelo tom de voz, quase sempre pela condição. Embora algumas vezes - e aquilo a perturbava - encontrasse também a cor social mais nobre no trato das panelas e na limpeza da casa.Nas paredes, porém, nos objetos, já não sentia aquelas cores. E se ouvia geralmente um tom de desprezo ou de superioridade, quando se falava no negro das pessoas, que envolvia sempre a abstração deprimente da fealdade, o mesmo negro nos gatos, nos cavalos, nas estatuetas, vinha sempre conjugado à idéia de beleza, que ela sabia haver numa sonata de Beethoven, numa fuga de Bach, numa Polonaise de Chopin, na voz de uma cantora, num gesto de ternura humana.Que seria a cor, detalhe que fugia aos seus dedos, escapava ao seu olfato conhecedor das almas e dos corpos, que o seu ouvido apurado não aprendia, e que era vermelho nas cerejas, nos morangos e em certas gelatinas, mas nada tinha em comum com o adocicado de outras frutas e se encontrava também nos vestidos, nos lábios (seriam os seus vermelhos também e convidariam ao beijo, como nos anúncios de rádio?), em certas cortinas, naquele cinzeiro áspero da mesinha do centro, em determinadas rosas (e havia brancas e amarelas), na pesada poltrona que ficava à direita e onde se afundava feliz, para ouvir novelas? Que seria a cor, que definia as coisas e marcava os contrastes, e ora agradava, ora desagradava? E como seria o amarelo, para alguns padrão de mau gosto, mas que tantas vezes provocava entusiasmo nos comentários do mundo onde os olhos viam? E que seria ver? Era o sentido certamente que permitia evitar as pancadas, os tropeções, sair à rua sozinho, sem apoio de bengala, e aquela inquieta procura de mãos divinatórias que tantas vezes falhavam. Era o sentido que permitia encontrar o bonito, sem tocar, nos vestidos, nos corpos, nas feições, o bonito, variedade do belo e de outras palavras sempre ouvidas e empregadas e que bem compreendia, porque o podia sentir na voz e no caráter das pessoas, nas atitudes e nos gestos humanos, no Rêve d´ Amour, que executava ao piano, e em muita coisa mais...Ver era saber que um quadro não constava apenas de uma superfície estranha, áspera e desigual, sem nenhum sentido para o seu mundo interior, por vezes bonita, ao seu tato, nas molduras, mas que para os outros figurava casas, ruas, objetos, frutas, peixes, panelas de cobre (tão gratas aos seus dedos), velhos mendigos, mulheres nuas e, em certos casos, mesmo para os outros, não dizia nada... Claro que via muito pelos olhos dos outros. Sabia onde ficavam as coisas e seria capaz de descrevê-las nos menores detalhes. Conhecia-lhes até a cor... Se lhe pedissem o cinzeiro vermelho, iria buscá-lo sem receio. E sabia dizer, quando tocava em Ana Beatriz, se estava com o vestido bege ou com a blusa lilás. E de tal maneira a cor flutuava em seus lábios, nas palestras diárias, que para todos os familiares era como se a visse também.- Ponha hoje o vestido verde, Ana Beatriz... Dizia aquilo um pouco para que não dessem conta da sua inferioridade, mais ainda para não inspirar compaixão. Porque a piedade alheia a cada passo a torturava e Maria Alice tinha pudor de seu estado. Seria mais feliz se pudesse estar sempre sozinha como agora, movendo-se como sombra muda pela casa, certa de não provocar exclamações repentinas de pena, quando se contundia ou tropeçava nas idas e vindas do cotidiano labor.- Machucou, meu bem?Doía mais a pergunta. Certa vez a testa sangrava, diante da família assustada e do remorso de Jorge, que deixara um móvel fora do lugar, mas teimava em dizer que não fora nada. E quando insistiam, com visita presente, para que tocasse piano, era sistemática a recusa.- Maria Alice é modesta, odeia exibições...Outro era o motivo. Ela muita vez bem que ardia em desejos de se refugiar no mundo dos sons, para escapar aos mexericos de toda a gente...Mas como a remordia a admiração piedosa dos amigos... As palmas e os louvores vinham sempre cheios de pena e havia grosserias trágicas em certos entusiasmos, desde o espanto infantil por vê-la acertar direitinho com as teclas à exclamação maravilhada de alguns:- Muita gente que enxerga se orgulharia de tocar assim...Nunca Maria Alice o dissera, mas seu coração tinha ternuras apenas para os que não a avisavam de haver uma cadeira na frente ou não a preveniam contra a posição do abajur.- Eu sei... eu já sei...E como tinha os outros sentidos mais apurados, sempre se antecipava na descrição das pessoas e coisas. Sabia se era homem ou mulher o recém-chegado, antes que se pusesse a falar. Pela maneira de pisar, por mil e uma sutilezas. Sem que lhe dissessem, já sabia se era gordo ou magro, bonito ou feio. E antes que qualquer outro, lia-lhe o caráter e o temperamento.Àqueles pequeninos milagres de sua intuição e de sua capacidade de observar, todos estavam habituados em casa. Por isso lhe falavam sempre em termos de quem via, para quem via. E nesses termos lhes falava também. O livro abandonado sobre a mesa, o pensamento de Maria Alice caminhava liberto. Recordava agora o largo tempo que passara no Instituto, onde a família julgara que lhe seria mais fácil aprender a ler. Detestava o ambiente de humildade, raramente de revolta, que lá encontrara. Vivendo em comunidade, sabia facilmente quais os que enxergavam, sem que nenhum destes se desse conta disso ou dissesse que enxergava. Pela simples linguagem, pela maneira de agir o sabia. E ali começara a odiar os dois mundos diferentes, O seu, de humildes e resignados, cônscios de sua inferioridade humana, o outro, o da piedade e da cor.- Me dá o cinzeiro vermelho, Maria Alice...Maria Alice dava.- Vou ao cinema com o vestido claro ou com aquele estampado, Maria Alice?Maria Alice aconselhava.Ninguém conseguia entender como sabia ela indicar qual o sapato ou a bolsa que ia melhor com este ou aquele vestido. Quase sempre acertava. Assim como ninguém sabia que, com o tempo, Maria Alice fora identificando as cores com sentimentos e coisas. O branco era como barulho de água de torneira aberta. Cor-de-rosa se confundia com valsa. Verde, aprendera a identificá-lo com cheiro de árvore. Cinza, com maciez de veludo. Azul, com serenidade. Diziam que o céu era azul. Que seria o céu? Um lugar, com certeza. Tinha mil e uma idéias sobre o céu. Deus, anjos, glória divina, bem-aventurança, hinos e salmos. Hendel. Bach. Mas sabia haver um outro material, sobre as pessoas e casas, feito de nuvens, que associava à idéia do veludo, mais própria do cinza, apesar de insistirem em que o céu era azul.Aquelas associações materiais, porém, não a satisfaziam. A cor realmente era o grande mistério. Sentira muitas vezes que o cinza pertencia a substâncias ásperas ou duras. Que o branco estava no mármore duro e na folha de papel, leve e flexível. E que o negro estava num cavalo que relinchava inquieto, com um sopro vigoroso de vida, e na suavidade e leveza de um vestido de baile, mas era ao mesmo tempo a cor do ódio e da negação, a marca inexplicável da inferioridade. E agora Maria Alice voltava outra vez ao Instituto. E ao grande amigo que lá conhecera. Voltavam as longas horas em que falavam de Bach, de Beethoven, dos mistérios para eles tão claros da música eterna.Lembrava-se da ternura daquela voz, da beleza daquela voz. De como se adivinhavam entre dezenas de outros e suas mãos se encontravam. De como as palavras de amor tinham irrompido e suas bocas se encontrado... De como um dia seus pais haviam surgido inesperadamente no Instituto e a haviam levado à sala do diretor e se haviam queixado da falta de vigilância e moralidade no estabelecimento. E de como, no momento em que a retiravam e quando ela disse que pretendia se despedir de um amigo pelo qual tinha grande afeição e com quem se queria casar, o pai exclamara, horrorizado:- Você não tem juízo, criatura? Casar-se com um mulato? Nunca! Mulato era cor.Estava longe aquele dia. Estava longe o Instituto, ao qual não saberia voltar, do qual nunca mais tivera notícia, e do qual somente restara o privilégio de caminhar sozinha pelo reino dos livros, tão parecido com a vida dos outros, tão cheio de cores... Um rumor familiar ouviu-se à porta. Era a volta do cinema. Ana Beatriz ia contar-lhe o filme todo, com certeza.O rumor - passos e vozes - encheu a casa.- Tudo azul? - perguntou Ana Beatriz, entrando na sala.- Tudo azul - respondeu Maria Alice.